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Segurança e mão de obra desafiam uso do big data

Os gestores de TI estão cientes da relevância do big data nas suas rotinas. Tanto é assim que pesquisa realizada pela Accenture, em 19 países, mostra que 89% deles classificaram o big data como “muito importante” ou “extremamente importante” para a transformação digital de seus negócios, e 82% concordaram que o big data é uma fonte significativa de valor para suas empresas. Mais: 92% dos executivos de companhias que têm usado big data dizem estar satisfeitos com os resultados.

O levantamento aponta ainda os principais desafios: segurança (51%), orçamento (47%), carência de talentos para a implementação (41%), bem como para executar o big data e analytics em uma base existente (37%), e integração com sistemas existentes (35%). Ainda pela pesquisa, os executivos disseram que usam o big data moderadamente ou extensivamente para identificar novas fontes de receita (94%), atrair e reter clientes (90%) e desenvolver novos produtos e serviços (89%).

Muitas empresas têm constatado grande impacto do big data em seus negócios. Os executivos notam extensivos resultados tangíveis ao encontrar novas fontes de receita (56%), desenvolver novos produtos e serviços (50%), ganhar e manter clientes (47%) e intensificar a experiência dos consumidores (51%).

Perguntados sobre em que esperam que o big data tenha maior impacto em suas organizações nos próximos cinco anos, 63% dos executivos disseram “relações com os clientes”, 58% mencionaram “desenvolvimento de produtos” e 56% apontaram “operações”.

O estudo da Accenture consultou CIOs (chief information officers), chief operating officers, chief data officers, chief analytics officers, diretores de marketing, de finanças e outros líderes seniores de informação, tecnologia e analytics de companhias de sete indústrias em 19 países.

*Com informações da Accenture

Fonte: Convergência Digital

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Estudo: executivos C level apostam em big data e cloud para impulsionar negócios

A EMC conduziu uma pesquisa com profissionais que trabalham em organizações públicas e privadas para identificar como as megatendências do big data, computação em nuvem, mobilidade e social têm impactado os negócios. Para 85% dos entrevistados, essas tecnologias fornecerão vantagens competitivas para sua empresa.

O levantamento também revelou que quase metade dos entrevistados (46%) espera ver uma influência dessas megatendências no que diz respeito ao desenvolvimento de novos produtos e serviços. Já para 38%, essas tecnologias contribuirão para o surgimento de novos modelos de gestão das operações de negócios de missão crítica. Outros 35% deles acreditam que elas também melhorarão a experiência dos clientes de uma maneira geral.

Para Carlos Cunha, presidente da EMC Brasil, a pesquisa também revela que o uso dessas tecnologias tem impactado principalmente a forma como os consumidores interagem com as empresas. Ao contrário de antigamente, agora todos querem participar do processo de pesquisa, compra e pós-compra em tempo real, a partir de qualquer lugar e a todo momento. E, para Cunha, é justamente aí que a TI entra como um importante fator na estratégia das empresas.

– 29% das PMEs que mais crescem são da área de TI e informática

Pensando no relacionamento com o público consumidor, a pesquisa conseguiu identificar que para 45% dos CEO, CIO, CFO e tomadores de decisões nas empresas, essas tecnologias ajudam qualquer empresa a obter novos clientes. Já para 40% deles, as mesmas ferramentas podem ser usadas para gerar economia e bons resultados e 38% para automatizar processos.

No que tange a questões empresariais, 65% dos entrevistados disseram acreditar que a combinação de nuvem pública e privada permite um maior nível de agilidade e segurança para suas empresas. Apesar disso, 29% deles disseram não achar seguro confiar a essa tecnologia suas soluções de gestão empresarial (ERP).

Para finalizar, Cunha destaca dois dados que considera interessantes. O primeiro deles é que 76% dos entrevistados acreditam que manter uma equipe bem treinada para acompanhar o ritmo das implicações exigidas pelas megatendências é um fator de grande desafio para praticamente qualquer organização. Já o último é que somente 18% dos consultados disseram que o aumento dos gastos com essas tecnologias está fora do controle dos departamentos de TI.

“Isso mostra que a tecnologia da informação não está se tornando irrelevante para os negócios”, finalizou o executivo.
Fonte: CanalTech

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O Marco Civil e o Big Data

Mais do que nunca, o treinamento, conscientização e fiscalização dos funcionários terá papel fundamental

 

Em outubro de 2006 o Netflix lançou o “Prêmio Netflix”, em que disponibilizava informações sobre hábitos de 500 mil consumidores, oferecendo US$ 1 milhão para quem desenvolvesse uma solução capaz de melhorar em 10% o sistema de recomendação de filmes. Ainda que os dados pessoais tivessem sido omitidos – anonimizados – as informações lançadas na rede para análise no concurso levaram à identificação precisa de pelo menos um usuário: uma lésbica não assumida na conservadora região do Meio Oeste dos Estados Unidos, que, tendo a privacidade ameaçada, processou o Netflix sob o pseudônimo de “Jane Doe”.

O caso acima, narrado no livro “Big Data – Como Extrair Volume, Variedade, Velocidade e Valor da Avalanche de Informação Cotidiana”, de Viktor Mayer-schönberger e Kenneth Cukier (Elsevier, 2013), demonstra que nem mesmo a anonimização de dados é capaz de proteger a privacidade dos cidadãos. Como afirmam os próprios autores, “Na era do big data, as três principais estratégias usadas para garantir a privacidade – consentimento individual, opção de exclusão e anonimização – perderam a eficiência.”

Este grande volume de dados, referido pelo termo big data, é hoje coletado e analisado com velocidade e qualidade graças à inovação tecnológica dos últimos anos. Não apenas dados pessoais, mas também fatores da natureza, dados geográficos, fatos históricos e informações científicas podem ser combinados, estudados e aplicados para as mais diversas finalidades.

Trata-se de um fenômeno recente, que se tornou possível com o aprimoramento das técnicas de coleta e armazenamento em meios digitais. Com o desenvolvimento de novas ferramentas de análise, a informação passou a auxiliar na tomada de decisões, e adquiriu valor econômico. Dados deixam de ser apenas dados e tornaram-se commodity. Em um exemplo prático, informações sobre o comportamento de consumidores podem ser usadas para a melhoria de um serviço, ou no desenvolvimento de um produto novo.

O caso do Netflix ilustra o problema que começa a existir quando a informação se torna acessível ilimitadamente. Na era dos sensores, em que tudo pode ser monitorado, nem a anonimização protegerá a privacidade. Cidadãos podem ter hábitos e comportamentos expostos. Assim, empresas responsáveis pela coleta e análise de dados devem ter atenção redobrada, principalmente após a aprovação do Marco Civil da Internet no Brasil (Lei nº 12.965/2014).

Primeiro, porque o uso de informações obtidas de usuários na internet deve respeitar as exigências previstas no artigo 7º da nova lei. O dispositivo determina que a coleta, uso, guarda e tratamento de dados pessoais podem ser feitas apenas se houver consentimento expresso do usuário, que deve ser advertido por cláusula destacada nos termos de uso.

Na prática, significa que, ao utilizar um aplicativo ou um serviço online (que pode ser uma rede social), o usuário deverá ser informado expressamente sobre a coleta, e consentir com o uso dos seus dados para posterior análise.

Assim, empresas que obtém informações de usuários de fontes indiretas, que foram capturadas por outros serviços, devem ter ainda mais cuidado. Isso ocorre, principalmente, com cadastros que são feitos a partir do perfil do usuário numa rede social, ou com empresas que têm acesso a bancos de dados de outros serviços. A empresa que utilizar os dados deverá estar segura de que a coleta foi feita de acordo com o que determina a nova lei, e de que o usuário está ciente da cessão de suas informações.

Com isso, a adesão do usuário terá que ser clara e inequívoca. Os termos de uso terão que ser aprimorados, pois o uso de uma linguagem objetiva é agora uma exigência legal. Ainda, termos em inglês devem ser traduzidos para usuários brasileiros.

O Marco Civil traz também determinações importantes para os provedores estrangeiros, exigindo que todos os serviços e aplicativos acessados por usuários brasileiros estejam em conformidade com a lei (compliance). Foram previstas uma série de sanções para eventual descumprimento, que pode levar até à suspensão das atividades no Brasil.

Além da preocupação dos portais e provedores que coletam estes dados, também empresas responsáveis pela guarda e análise devem ficar atentas, principalmente quanto às medidas de segurança adotadas. A punição para o vazamento de informações pessoais encontra amparo não apenas no Marco Civil, recém aprovado, mas também no Código Civil, na forma de indenização (art. 927). Considerando-se que o tempo médio para a detecção de falhas de segurança nas empresas é de dez horas, o prejuízo poderá tornar-se irreversível, acarretando indenizações milionárias.

Ainda, as empresas são responsáveis pelos atos ou omissões praticadas por empregados e colaboradores. Assim, em caso de vazamento ou uso indevido de informações por culpa ou dolo de funcionário, a empresa responde de forma objetiva (artigo 932, III, do Código Civil).

Mais do que nunca, o treinamento, conscientização e fiscalização dos funcionários para o uso de ferramentas de TI, bem como a implantação de políticas e normas de segurança pela empresa, terá papel fundamental.

A preocupação jurídica com a adoção de soluções de big data concentra-se, assim, em duas questões fundamentais. Primeiro, na origem das informações obtidas: se a forma de coleta, guarda e uso de dados cumpre as prescrições do Marco Civil. Segundo, se na guarda destes dados são adotadas medidas e soluções de segurança eficazes, que protejam contra vazamentos ou acessos indevidos.

Fonte: CIO

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Equipe de dados: cinco passos para montar um time de sucesso

Além dos cientistas de dados, as empresas que querem ganhar mais competitividade devem construir uma força de trabalho dirigida por dados.

Os dados são a força vital das organizações. Na Europa, por exemplo, um banco de varejo tem gerado um aumento médio de 500% nas vendas oriundas de suas campanhas de marketing por meio da segmentação da base de consumidores através do uso de análises avançadas, determinando quais produtos oferecer a cada segmento. Para encontrar e decifrar esse tipo de vantagem competitiva direcionada pelos dados, contudo, os líderes de negócios devem desenvolver um time especialista em dados.
Estamos começando a ver uma transição para uma força de trabalho dirigida por dados, na qual alguns papéis tradicionais desempenham extrema importância e novos papéis têm surgido para suprir a necessidade de gerenciar e explorar completamente os dados.
Aqui estão cinco passos essenciais para seguir se você quer construir uma organização dirigida por dados:
Chief Data Officer (ou gerente de dados): o CDO está se tornando cada vez mais importante à medida que as companhias têm considerado os dados como ativos. Uma pesquisa da Accenture aponta que dois terços das organizações escolhem uma figura sênior para ser o chief data officer responsável por liderar o gerenciamento de dados e análises em seus negócios.
Administrador de dados: ele mantém a qualidade, disponibilidade e segurança dos dados e busca melhorar a coleta e apresentação dos dados para os negócios.
Cientista de dados: os cientistas de dados constroem modelos analíticos e algoritmos. Esse papel foi apontado como a “profissão mais sexy do século 21” pela Harvard Business Review, mas ainda é muito difícil encontrar esses profissionais no mercado.
Especialista em análise: é responsável por liderar iniciativas de analytics do ponto de vista de quem domina o negócio. Ele entende qual é o valor por trás de um insight e desafia a TI a expor mais dados para análise.
Usuários de negócios: eles representam cerca de 70 a 80% da força de trabalho. Aplicam os resultados dos modelos analíticos e impulsionam o trabalho da TI e as equipes de dados.
No entanto, poucas empresas já possuem essa força de trabalho estruturada, e encontram dificuldades quanto a disponibilidade de talentos em análises. Dessa maneira, listamos aqui algumas recomendações para desenvolver essas habilidades:
– Adote uma abordagem de equipe. Crie um time de pessoas que individualmente podem não ter todas as capacidades de um cientista de dados mas que, em grupo, oferecem as habilidades necessárias.
– Amplie o campo de recrutamento. Busque esses profissionais fora de sua indústria, e até mesmo fora do mundo dos negócios. Por exemplo, designers gráficos muitas vezes conseguem oferecer mais criatividade e uma visão imaginativa na visualização de dados.
– Foco no aprendizado do time. É essencial estimular os membros a aprender habilidades com outros membros do grupo. Quando um membro não estiver disponível, outros poderão ajudar na situação, o que cria uma unidade mais resistente a atritos.
Próximo passo: melhores perguntas, melhores tecnologias.
Possuir as pessoas certas e todos esses especialistas não é o suficiente. Para inovar, todos os papéis de uma companhia – de administradores de dados a usuários de negócios – precisam ser interrogadores dos dados.
As empresas não podem se satisfazer simplesmente em perguntar “O que aconteceu?”. Ao invés disso, precisam insistir em alcançar perguntas de níveis mais altos – como “Por que e como isso aconteceu?” – para identificar oportunidades de crescimento.

 

Fonte: IT Forum