O Brasil abraçou a computação em nuvem e está começando a descobrir o big data, revela estudo da Frost&Sullivan, realizado com 313 empresas brasileiras. Tanto é assim que até dezembro, 66% das corporações brasileiras devem usar pelo menos uma oferta de nuvem, enquanto 42% planejam investir na tecnologia, sendo que 25% delas investirão pela primeira vez. O relatório aponta que 41% das empresas no Brasil já utilizam a computação em nuvem.
A pesquisa indica ainda que, enquanto a maioria das empresas no país opta pelo modelo de nuvem privada, prevê-se que o modelo híbrido vai comandar a atenção significativa nos próximos anos. Esta tendência está em linha com a percepção crescente de que a melhor opção de implantação – on-premise, privado ou público – depende da solução em consideração.
Embora as empresas brasileiras tenham uma melhor compreensão do conceito de computação em nuvem, elas ainda se preocupam com a falta de confidencialidade dos dados. Sendo a segurança um fator importante para investir em computação em nuvem, infraestrutura, conectividade e acordo de nível de serviço foram citados pelos respondentes como os critérios mais importantes para a seleção de provedores de computação em nuvem.
“Prestadores de serviços de computação em nuvem devem conscientizar os clientes dos esforços que fazem para aumentar a segurança dos dados, por exemplo, obtendo certificação”, salienta o analista de mercado da Frost & Sullivan, Guilherme Campos. “Eles também devem assegurar que os clientes entendam que seus dados estarão seguros e inacessíveis a outras empresas”, completa.
Se cloud avança, o mercado brasileiro de big data analytics ainda não está maduro; são poucas as empresas que já investiram nessas soluções e estão mensurando os resultados. Mas a repercussão sobre o big data chamou a atenção das empresas do país. Até o final de 2015, mais de 34% das empresas brasileiras terão iniciado investimentos em big data analytics.
“Apenas 10% das empresas entrevistadas usam big data analytics, indicando que estas soluções têm uma prioridade menor na agenda do CIO quando comparada com cloud computing e outras tecnologias”, disse Guilherme Campos, analista senior de TI da Frost & Sullivan.
“A falta de consenso do que realmente é big data junto com a falta de profissionais especializados no mercado são atualmente os principais desafios deste mercado, o que explica o fato de 35% dos entrevistados não terem nenhum plano de começar a investir nestas soluções nos próximos dois anos”, completa o analista.
O uso de diferentes taxonomias pelos provedores de big data complementa essa falta de entendimento entre os clientes, mas o cenário tende a melhorar. Já em 2015, 29% das empresas pretendem fazer investimentos em big data, sendo que a maior parte (24%) investirá em big data analytics pela primeira vez.
“Em um país onde grande parte das empresas toma decisões somente com base na opinião de seus empregados mais experientes, a análise de dados pode fazer um mundo de diferença”, opina Campos. “Com big data analytics as empresas no Brasil podem obter dados de diferentes fontes para melhorar a tomada de decisões, reter clientes e descobrir novas oportunidades que não seriam tão visíveis sem uma ferramente analítica”.
Fonte: Convergência Digital
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