Nuvem lidera crescimento da SAP Brasil em 2016

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Nuvem lidera crescimento da SAP Brasil em 2016

Empresa avança três dígitos em cloud. CEO comenta os resultados financeiros

A nuvem tem sido o principal vetor de crescimento da SAP no Brasil. Os resultados financeiros do quarto trimestre e o consolidado do ano fiscal de 2016, divulgados pela companhia nesta sexta-feira (27/01), mostram crescimento de três dígitos na receita total de vendas de serviços cloud.

As vendas em nuvem globalmente somaram € 2,99 bilhões, crescimento de 31% em relação a 2015. O faturamento global foi de € 22 bilhões (avanço anual de 6%) e lucro líquido de € 3,6 bilhões de euros, alta de 18%. A empresa não divulga números locais.

Cristina Palmaka, CEO da companhia no Brasil, destaca dois quesitos como primordiais para esse avanço. O primeiro deles é a quebra de paradigma de vários clientes brasileiros, que passam cada vez mais a entender os benefícios de soluções em nuvem, como flexibilidade, retorno rápido e, sobretudo, simplificação dos negócios. Em paralelo, Cristina ressalta a robustez do portfólio da SAP, que permite a oferta de soluções em diversas frentes, o que acaba ampliando as oportunidades de adoção de cloud, tanto com opções para gestão de pessoas, quanto para fornecedores, marketing e e-commerce. “É uma combinação de fatores que colocamos debaixo do guarda-chuva de cloud”, conta Cristina, em entrevista ao IT Forum 365.

No quarto trimestre de 2016, por exemplo, os destaques do portfólio cloud foram as vendas de soluções CEC (Engajamento de Clientes e Comércio), que incluem o SAP CRM, SAP hybris, entre outras aplicações em nuvem, e do SAP HANA Enterprise Cloud (HEC), plataforma que permite a transição do ambiente on premise de aplicações das empresas para um outro mais efetivo, em nuvem.

Cristina aponta que a nuvem chegou de vez na SAP Brasil em meados de 2016, sobretudo no segundo semestre. No fim, o crescimento de três dígitos ficou à frente do número registrado globalmente, o que, para a executiva, mostra, além de uma forte tendência, um certo atraso do País em relação a outros mercados em todo o mundo. “Globalmente, vários clientes já foram para soluções de nuvem um pouco antes que o Brasil, que demorou um pouco mais. No ano anterior houve crescimento expressivo, mas 2016 foi de fato o crescimento e a abrangência.”

Foco em PMEs

A SAP coleciona cases de sucesso em grandes empresas. Apenas citando alguns importantes contratos do último trimestre, a lista reúne nomes como Itaú, Aché Laboratórios, Burger King, Honda e C-Vale. Os grandes contratos estão no DNA, mas a intenção é avançar também rumo às pequenas e médias empresas, que, de acordo com a companhia, trouxeram resultados expressivos em 2016. O software de gestão SAP BusinessOne, específico para esse segmento, registrou salto de dois dígitos no ano em relação aos resultados de 2015.

Uma das estratégias de aproximação com esse público é oferecer modalidades de pagamento diferenciadas. A partir dessa diretriz, surgiu a parceria com o PayPal, que permite compra e pagamento de soluções SAP em nuvem direto pela internet. A parceria foi anunciada em dezembro do ano passado e a previsão é de que os usuários tenham o serviço disponível ainda neste trimestre.

“Temos, de fato, um universo muito grande e é nossa missão chegar a essas pequenas empresas. Queremos nos preocupar não só com a qualidade das soluções, mas também com a forma de pagamento. É um segmento relevante e o Brasil tem forte presença. Não tem porque uma empresa de menor tamanho não ter acesso a uma solução robusta como SAP”, declarou Cristina, que revelou que a empresa está preparando outros parceiros para essa modalidade de oferta.

Projeções

A SAP ainda espera crescimento acelerado de nuvem para 2017 no Brasil. Isso com base na migração de clientes da própria base da SAP e conquista de novos parceiros. “Há diversas empresas que hoje não são clientes SAP e, quando vão para nosso ecossistema, vão direto para a nuvem”, observa.

O que mais motiva a SAP para esse ano é a inovação, que passa por tecnologias e experiências como internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), machine learning e blockchain. “A missão é seguir olhando para a inovação. Não só tecnologia por si só, mas como essas tecnologias habilitam nossos cientes para estarem preparados e seguir no mercado. A meta é manter inovação como nosso carro-chefe.”

Por fim, Cristina destaca a importância do crescimento em números, mas classifica a conquista de clientes e negócios como a melhor conquista do ano, tornando-se verdadeiramente parceiros de negócios. “Isso nos fortalece e nos deixa animados e preparados para 2017”, finaliza.

Fonte: IT FORUM 365

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