O grande desafio enfrentado pelos CIOs é o de entender que o orçamento não pertence somente a TI, e sim ao negócio como um todo
A divisão ou compartilhamento do orçamento de TI com as áreas de negócios foi realidade em 25% das compras de tecnologia da informação em 2013, segundo a IDC. O movimento pressiona CIOs a traçarem estratégias para que suas áreas continuem sendo sustentáveis financeiramente nesse processo de integração. O primeiro grande desafio é deixar o ego de lado e abandonar a cultura de “donos” do orçamento.
Tanto faz quem é o responsável pelo dinheiro, segundo o consultor e ex-CIO da Carbocloro, José Carlos Padilha. “Na verdade, o recurso é da empresa, e não DE uma área. Não existe ‘compartilhar o orçamento’, pois o recurso já é do negócio – e só dele. Esse pensamento deve ser abolido da cabeça de um executivo de TI e de outros que venham a lidar com isso”, diz Padilha.
Na prática, o CIO deve lidar com o budget como um todo, e não de forma departamental. “Não considero que esse movimento de descentralização do orçamento seja um fator complicador para o líder de TI – a menos que a cultura de ‘donos’ do dinheiro seja muito forte e os egos pessoais sejam mais importantes que o sucesso da organização”, enfatiza.
Como o orçamento de TI deve ser um só, para toda a companhia, o consultor Sergio Lozinsky diz que o CIO passa a ser responsável por manter os projetos e custos dentro do orçamento aprovado, além de prestar contas regularmente sobre a evolução desses desembolsos. O planejamento, porém, deve envolver todas as áreas interessadas. “O executivo pode, eventualmente, discutir ajustes necessários para manter o orçamento nos limites estabelecidos, sem prejudicar os resultados esperados”, diz Lozinsky.
O posicionamento do gestor de TI fica ainda mais estratégico dentro desse novo cenário, gerando a oportunidade de ser mais atuante nas decisões e com maior envolvimento nos negócios da empresa.
Fonte: IT Forum
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